“Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus”.
(1 Coríntios 10:31)

Segundo o dicionário, arte significa: aptidão inata para aplicar conhecimentos, usando talento ou habilidade, na demonstração de uma ideia, um pensamento. Então, arte não se trata apenas de pinturas, mas também, música, teatro, poesia, e o mais que a pessoa tenha talento ou habilidade para utilizar. Agora, imagina usar os dons na dança, música, teatro para ganhar almas para o Reino de Deus.

A dobradinha arte e evangelismo já tem sido utilizada para falar das Boas Novas. De acordo com Rafael Passos, líder do grupo DiscipuLuz – Evangelismo Através das Artes (www.facebook.com/Discipuluz), esta é uma maneira diferente de falar da Palavra de Deus e que não encontra resistência.“As pessoas que têm dificuldade para ir a uma igreja ouvir uma pregação não se opõem a parar e ver uma peça de teatro num local público. Uma mensagem criativa alcança atenção e penetra na vida das pessoas, facilitando a compreensão da mensagem do Reino”, afirma.

A arte não atinge só o jovem ou a criança mas, também, os adultos. “O teatro, por exemplo, é uma manifestação artística com linguagem universal e existe há cinco mil anos. Podemos usar esta habilidade para falar da palavra de Deus e alcançar os que ainda não foram alcançados pela graça do Senhor Jesus. Quando ministramos peças voltadas especificamente para crianças, inclusive, pantomima (representação de uma história exclusivamente através de gestos, expressões faciais e movimentos) o adulto que acompanha aquela criança também recebe esta Palavra e compreende”, diz o jovem Rafael Passos.

Esta também é a opinião de Andressa França Ferrari, líder do Ministério de Dança Gespro (Gestos Proféticos). “As artes são formas inovadoras de alcançar as pessoas. É passar a mensagem do evangelho de uma forma acessível e lúdica. É integrar os sentidos dados por Deus e usá-los como instrumentos para ganhar vidas pregando o evangelho de maneira não convencional. Assim, existe a possibilidade de alcançar mais pessoas, ou alcançar aquelas que não conseguiríamos alcançar com pregações tradicionais”, afirma Andressa.

Integração – Outro aspecto importante e positivo dos ministérios de artes é que jovens e adolescentes se envolvem mais com os trabalhos realizados pelas igrejas. “A oportunidade de atuar numa peça de teatro evangelística, louvar a Deus com dança e música, apresentar poesias que tratem da Palavra de Deus, tudo isto proporciona o fortalecimento da fé e o envolvimento maior com a obra de Deus”, explica ainda Rafael Passos.

No entanto, é preciso estar atento para que não seja apenas um trabalho sem a busca de crescimento espiritual. Para a jovem cristã Sarah Sena, que atua com arte desde a adolescência, “o trabalho na obra aproxima o jovem de outros jovens que participam, mas não necessariamente o aproximará de Deus. E isso deve ser pensado, pois muitas vezes vivemos em um ativismo dentro da igreja, trabalhando para o Deus da obra, mas não tendo relacionamento com o Deus da obra”, enfatiza.

Preconceito – E no meio cristão cresce o número de grupos de artes que utilizam esta linguagem criativa para alcançar vidas de todas as idades. No entanto, eles ainda sofrem com a discriminação por parte da igreja com os ministérios de artes. Na avaliação do líder do Grupo DiscipuLuz, o preconceito ainda existe, mas há uma melhora na aceitação pois a igreja começa a perceber que “uma mensagem apresentada criativamente permanece marcada na memória das pessoas de uma maneira muito eficaz e isso glorifica o nome do Senhor”. O Grupo DiscipuLuz existe desde a década de 80 e começou na Igreja de Cristo em Brasília (ICB) como um grupo de evangelismo. De lá para cá, muitos jovens e adolescentes participaram do grupo que continua atuando na evangelização pela arte.

Recado – Se você ainda não está envolvido em nenhum ministério na sua igreja e gostaria de utilizar seu dom para propagar o Evangelho, quem sabe o mundo da arte pode ser um começo. Pelo menos este é o recado da Sarah: “Se você diz que não gosta de arte é porque não descobriu quantas possibilidades tem este trabalho. Se você não se vê fazendo nada do que já tem na sua igreja, como teatro, música ou dança, reflita sobre o que você gostaria de fazer, quem sabe você não traz um método bem diferente e bacana para falar do Evangelho? Use sua criatividade”.

Sarah Sena é pedagoga e já participou do grupo Discipuluz por quase 10 anos. Fez parte do grupo Palhaçaria, da Mocidade para Cristo (MPC). Hoje, atua de forma independente com mais um amigo visitando hospitais e levando alegria como palhaço. “O trabalho é fantástico. Aprendi muito, tive experiências maravilhosas e cresci em muitos aspectos”, ressaltou.

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