Parte 3

Alguns valores em comum entre estes 8 movimentos de plantio de igrejas.

a) A visão define a rota
Analisando mais de 90% dos processos de plantio de igrejas mais amplos e frutíferos pode-se notar que havia uma visão intencional de desenvolver um forte e impactante movimento de evangelização seja entre um povo, cidade ou país. O valor aqui, portanto, é a visão pois nenhum campo missionário, ou ministério, é maior que a sua visão.

b) A missiologia estabelece os valores.

Os valores que devem fundamentar um processo amplo de plantio de igrejas são diversos mas mencionaremos os principais, presentes nos movimentos citados.

1. Oração. Quando o homem trabalha, o homem trabalha. Quando o homem ora, Deus trabalha.

2. Abundante evangelização. Nenhum tecnologia missionária substitui o poder da comunicação pessoal do evangelho. O evangelho precisa ser abundantemente comunicado em um processo de plantio de igrejas.

3. Fidelidade à Palavra. Há muitas estratégias de movimento de massa que são funcionais entretanto não são bíblicas. David Hesselgrave alerta-nos dizendo que “nem todo novo pensamento é dirigido pelo Espírito. Nem tudo o que é novo é necessariamente bom. A Bíblia é antiga, o Evangelho é antigo e a Grande Comissão é antiga…”. Na verdade ele defende que neste imenso mar de necessidades no mundo não alcançado precisamos entender que “o evangelho dá a direção… pois a Palavra precede a nossa visão”.

4. Liderança local. Todo amplo movimento de plantio de igrejas que tornou-se regionalmente duradouro contou com um forte envolvimento de pessoas locais desde a primeira fase. O investimento em pessoas locais, passando-lhes a visão, paixão e estratégias garantirá um processo de plantio de igrejas que vá além do posto missionário.

5. Liderança leiga. Os mais rápidos processos de plantio de igrejas no mundo contam com forte utilização da força leiga tanto na expansão quanto no amadurecimento das igrejas plantadas.

6. Utilização dos lares e estruturas comunitárias. Quase nenhum amplo movimento de plantio de igrejas poderá contar com uma estruturação paralela de construções para reuniões e cultos. O uso dos lares ou estruturas comunitárias para pequenos encontros viabiliza um rápido movimento de plantio de igrejas.

7. Plantio de igrejas plantadoras de igrejas. A reprodução de igrejas plantadas em uma segunda fase idealisticamente deve ser feita através dos frutos e não da raiz do movimento. Nesta etapa o(s) missionário(s) devem estar já assumindo uma posição de supervisão da visão e encorajamento, e não de linha de frente.

c) O treinamento provê as ferramentas

Os 2.227 PNAs hoje existentes representam a massa étnica mais resistente ao avanço missionário em toda a história do Cristianismo. A resistência está representada por barreiras geográficas, políticas, étnicas, culturais, linguísticas, cosmológicas, religiosas e espirituais. Perante este desafio precisamos, mais do que nunca, de especialistas em distintas áreas. O tripé do preparo missionário transcultural, ao meu ver, deve enfatizar sempre a Missiologia, Antropologia e Linguística.

d) A estratégia desenha o mapa
Conhecer o desafio perante nós é boa parte do processo construtivo de plantio de igrejas. Entretanto este conhecimento é apenas a ponta do iceberg. É necessário desenvolver as estratégias que envolvam o plantio e amadurecimento de igrejas, treinamento de líderes, auto-sustentabilidade e reprodução.

Perante um vulto expressivo de estratégias missionários de plantio de igrejas, gostaria de citar algumas as quais julgo expressivas:

a) Mapeamento etno-cultural e geograficamente definido. Saber qual a extensão do desafio
b) Análise cultural e fenomenológica. Entender as vias para a compreensão do evangelho. c) Comunicação inteligível e comunitária do evangelho.
d) Adoração e vida diária da igreja na própria língua materna e cultura alvo.
e) Rápida incorporação dos novos convertidos à vida da igreja.
f) Consciência de urgência evangelística já transmitida no processo de discipulado.
g) Identificação de líderes locais o mais cedo possível.
h) Treinamento para líderes durante o processo de liderança.
i) Descentralização da autoridade eclesiástica.
j) Ênfase na reprodução. k) Supervisão contínua quanto ao amadurecimento espiritual.
l) Modelo missionário: Inicie, discipule, reproduza, assista, encoraje e parta.

Conclusão Uma alma vale mais que o mundo inteiro.

Texto originalmente publicado em ronaldo.lidorio.com.br

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