Não muito tempo atrás recebi um email de uma garota na Inglaterra, que veio conhecer a Cristo em um retiro no qual eu preguei há muitos anos. Subseqüentemente, ela juntou-se a nossa Equipe (CCI-Brasil) e o Senhor graciosamente permitiu que ela tivesse missões injetadas em seu DNA desde o começo da sua caminhada com Cristo.

Ela está servindo fielmente ao Senhor em Londres, mas encontrou-se num dilema, um que eu temo não ser incomum. Ela disse, “Eu estou em um ponto de transição sobre igreja no momento e gostaria muito do seu conselho. Eu não sinto que, ir a igreja que tenho ido, desde que voltei de missões, é a coisa certa a fazer… Parece que eles estão pregando um evangelho de autoajuda que raramente menciona pecado e vê o arrependimento simplesmente como uma conversão a Deus e não uma conversão do pecado. É parte do movimento da igreja emergente. Eu agradeceria muito por qualquer conselho..”

Conselhos sobre escolher uma igreja local? Estou dentro!

Querida (Irmã em Cristo),

Sobre a sua situação com a igreja, acredito que os seus pensamentos estão no caminho certo. Alguns apontamentos:

– Se ela se encaixa na categoria de “igreja emergente” e/ou identifica-se dessa forma, então você está certa em ser astuta, e se eu soubesse apenas isso sobre sua igreja (que ela é uma “igreja emergente”), então isso seria o suficiente para me fazer responder que, sim, você deveria seriamente considerar encontrar outro corpo local para congregar.

– Sua outra declaração também diz muito: “Parece que eles estão pregando um evangelho de autoajuda que raramente menciona pecado e vê o arrependimento simplesmente como uma conversão a Deus e não uma conversão do pecado.” E isso também é suficiente para mim para encorajá-la a procurar por um corpo local com uma visão mais bíblica.

Esse corpo local deve ter duas marcas claras e não-negociáveis:

– Deve ser doxológica em sua orientação e motivação. O que eu quero dizer é que ele deve existir evidentemente “ para o louvor da glória de Deus” (Efésios 1) Deve ser um lugar onde Cristo é magnificado e glorificado e onde a grandeza, a bondade, o amor, a graça e a misericórdia de Deus são todos pregados, ensinados e experimentados. Um local onde Deus é considerado grande e as pessoas pequenas, sem ajuda e sem esperança sem Cristo e precisam da salvação através de arrependimento e perdão; salvação que SOMENTE (sem exceções) vem através de reconhecimento intencional do trabalho de Cristo na cruz, combinado com arrependimento e evidenciado pela subsequente transformação que o Espírito Santo traz na vida de uma pessoa.

 Um lugar onde a salvação é reconhecida como sendo não meramente salvação DE alguma coisa (inferno), mas salvação PARA alguma coisa: louvor!; que nós devemos cumprir nossa eterna vocação de adoradores do Único e Verdadeiro Deus, começando aqui e agora. Esse entendimento será refletido nas pregações, no ensino e na adoração. Eles serão muito teocêntricos e cristocêntricos com uma atitude e ênfase que diz: “É tudo sobre Deus. Tudo é sobre Deus! Nossa vida é sobre Deus. Deus é o protagonista na história de redenção (não é sobre nós!) Ele é a personalidade chave na Bíblia.

Ele é o assunto da nossa existência: e nós devemos viver para o louvor da Sua glória em todas as áreas de vida, entre todos os povos do mundo.” O que nos leva para a segunda marca:

– Deve ser missiológica em seu entendimento e perspectiva. A palavra popular agora é “missional”, mas ela tende a ser utilizada em um sentido muito vago de cumprir a missão de Deus e permite uma interpretação “monocultural” de Deus, e nossa, missão, sem nenhuma ênfase na dimensão “transcultural” de levar o Evangelho a todos os grupos de povos. No movimento da igreja emergente, “missional” (apesar do “estereótipo” óbvio, e o “ir/enviar” implícitos na palavra) ainda parece ser utilizada em um sentido egocêntrico e antropocêntrico (cumprir a missão de Deus de forma conveniente, confortável e perto de casa, e/ou ser focado muito mais na condição do ser humano, especialmente os que estão convenientemente próximos), frequentemente esquecendo que 25% do mundo nunca ouviu falar de Cristo, e que mais de 6500 grupos de povos ainda não foram alcançados! Então eu uso “missiológico” (“missionário” seria também apropriado). Deve ser uma igreja que entende que para, verdadeiramente, honrar e glorificar a Deus, não é suficiente que “nós” “aqui” vivamos por Cristo.

Ao invés disso, devemos levar (e/ou enviar) o Evangelho para “eles” “lá” (e na maioria das grandes cidades o “eles” [grupos de povos não alcançados] frequentemente e convenientemente moram na porta ao lado!) porque nosso grande e glorioso Deus deseja e merece ser conhecido e adorado entre TODOS os grupos de povos, assim também como em todos os segmentos da sociedade (Salmo 96:3-4; Isaias 42:8; Malaquias 1:11; Apocalipse 5:9).

Não será fácil encontrar uma igreja local que se encaixe nisso tudo porque, infelizmente, há poucas delas. Mas elas existem. É possível que Deus esteja chamando você para se unir a outras pessoas com os mesmos pensamentos para plantar uma igreja como essa? Lembre-se, não é sobre construir uma equipe pastoral de tempo integral e um número enorme de pessoas se reunindo no mesmo local físico. É sobre pessoas que amam Jesus, que são “doxológicas” (a glória de Deus em todas as áreas de vida) e “missiológicas” (a glória de Deus entre todos os povos do mundo) reunindo-se regularmente (para estudos bíblicos, louvor, oração e comunhão) e que “vão/enviam” estrategicamente (para os vizinhos e para as nações). Eu estarei orando por você nessa decisão.

Sobre o Autor, JOÃO MORDOMO, PhD – Desde seu encontro com Cristo, aos 16 anos, João tem a paixão de glorificá-Lo! Ele é um “Empresário da Grande Comissão”, apaixonado por começar e liderar qualquer coisa – agências missionárias, igrejas, negócios – que ajudem a cumprir a Grande Comissão. Ele ama falar, ensinar, pregar e escrever sobre a glória de Deus em todas as áreas de vida, entre todos os povos do mundo. Mais informações e contato, clique aqui.
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