O Radar entrevistou o Pr. Mael Pereira, ele é o pastor representante do projeto missionário Marajó, que tem atuação entre os ribeirinhos em ilhas do arquipélago de Marajó, com base no alto rio Moju.

A história do Pr. Mael com esses povos começou quando ainda nem era cristão. Ele era militar, hoje aposentado, foi paraquedista do Exército Brasileiro e por muitos anos trabalhou em áreas estratégicas nas fronteiras dos estados do Acre, Amazonas e Rondônia. Durante o trabalho nessa região, mesmo não conhecendo a Cristo, já sentia profunda compaixão pelas almas tão abandonadas e destituídas de quase tudo.

Pereira conta que anos depois sua vida começou a mudar “quando de minha aposentadoria, pude receber do Senhor a ideia de um projeto que viesse conciliar evangelização em áreas não alcançadas pelo evangelho e cuidar no sentido mais amplo da palavra” conta. Apesar dos desafios enfrentados, Deus confirmou o chamado no coração do Pr. Mael e há oito anos ele vive entre ribeirinhos e quilombolas juntamente com a esposa.

Como nasceu o Projeto Missionário?
O Projeto Missionário Marajó, nasceu no ano de 2012, quando eu e minha esposa, percebemos o chamado através de orações e a constante frustração com a estagnação do ministério que pertencíamos, pois nada era feito em relação a ações missionárias. Não havia contribuição, oração, muito menos envio. Esse foi o nosso motivo que nos motivou a buscar respostas.
Sequer conhecíamos o Estado do Pará, mesmo assim, sentíamos uma forte empatia com as experiências de outros missionários e aqui chegamos.


Qual o objetivo do projeto?
O cerne, seria e é evangelizar e cuidar. Iniciamos os primeiros contatos, com os ribeirinhos da região das ilhas e decidimos por estabelecer a primeira base em uma ilha chamada “Grande”. Ali plantamos o primeiro templo missionário e a partir dessa ilha, alcançamos também o quilombo de Itancoan.

Investimos três anos de integração a cultura, convivência e adaptação ao modelo deles, respeitando protocolos. Assim consolidamos a nossa proposta missionária, ou seja, a proclamação do evangelho e o cuidado material na medida de nosso possível.

A cada oportunidade que tínhamos de ir ao Rio de Janeiro, tentávamos cooptar colaboradores com o mesmo pensamento.


Quantos missionários estão envolvidos no projeto Marajó?
Em todos esses anos, recebemos visitas de alguns missionários. No entanto ainda não conseguimos a permanência a longo prazo de nenhum missionário. Isso se deve pois onde estamos na Amazônia, às margens do alto rio Moju, vila Soledade, há grande isolamento, uma grande miséria social e espiritual, é um lugar difícil.


De onde vem o sustento do ministério? Tem o apoio de alguma organização ou igreja?
Obviamente Deus que tem nos ajudado a subsistir neste campo. Hoje tenho pequenas e esporádicas ajudas de alguns irmãos assembleianos e presbiterianos. A maior parte da manutenção, alimentação para 28 crianças, medicamentos etc., vem de minha aposentadoria.
Aqui já temos outro templo, um refeitório para as crianças e nossa meta é alcançar em 2020, a reserva Anambé, que estão completamente abandonados.

Quais os desafios missionários que enfrenta?
O grande desafio é despertar a convicção de que mudanças no panorama moral. Meninas de 11 anos já se prostituem. E em sendo um povo cuja origem, tem a miscigenação entre índios e caboclos, a reserva moral é muito baixa. Em nossas atividades, incluímos aulas de reforço para tirar o estigma de ruralidade exacerbada, prática de esportes e assistência social. Nossa meta é ajudá-los a conhecer a palavra de Deus para fortalecer todo propósito de transformações positivas.


Quais as alegrias que tem de trabalhar com esse povo?
Nossa alegria se traduz em perceber que há uma esperança, que independe do poder público que a eles quase tudo nega. Ficamos felizes em levar uma alimentação de qualidade, ainda que seja um grupo pequeno, mas um grupo que tem recebido doses importantes de algo que eles desconheciam: amor, interesse pelo futuro deles, proteção da igreja contra as práticas culturais abusivas em vários níveis, entre outras.

Quais as alegrias que tem de trabalhar com esse povo? 

Nossa alegria se traduz em perceber que há uma esperança, que independe do poder público que a eles quase tudo nega. Ficamos felizes em levar uma alimentação de qualidade, ainda que seja um grupo pequeno, mas um grupo que tem recebido doses importantes de algo que eles desconheciam: amor, interesse pelo futuro deles, proteção da igreja contra as práticas culturais abusivas em vários níveis, entre outras.  

Como alguém pode se envolver e apoiar o Projeto Marajó? 

 Estamos em uma região conflagrada pela violência, prostituição, alcoolismo e as crianças são as mais afetadas. Nosso maior sonho é construir uma escola-creche, onde pudéssemos orientar e treinar os adolescentes dessa região, oferecer cursos técnicos para oferecer oportunidades que sem apoio jamais terão. Pregamos a palavra de Deus para pessoas muito pobres materialmente. Desejamos mostrar que o evangelho não transforma só a alma, mas o amor de uma igreja pode construir um grupo social melhor. Oramos por pessoas que sonhem conosco e se envolva nesse trabalho.  

Precisamos também de apoio para ajudar na manutenção do quadro missionário, esperamos que jovens, aceitem o chamado e se coloquem a disposição de servir. Se alguém quiser se envolver, orar, apoiar ou vir visitar nosso projeto, entre em contato comigo pelo e-mail mespmesp3@gmail.com e WhatsApp: +55 21 99783 3511 

Contribua conforme o Senhor te conduzir: PIX mespmesp3@gmail.com

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