Um olhar missionário para cidades estratégicas

A Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que o número de pessoas vivendo em cidades não para de crescer. As estimativas apontam que até a metade do século, sete entre dez pessoas ao redor do mundo viverão nelas. Esse ritmo de expansão é bastante acelerado, se levarmos em consideração que em 1950, duas em cada três pessoas ainda moravam em áreas rurais.

Existem muitos exemplos de grandes centros mundiais que exercem influência sobre todo o mundo, como Nova York (aproximadamente 21 milhões de habitantes), Londres (mais de 13 milhões de habitantes), Tóquio (quase 38 milhões de habitantes) e Paris (com 12 milhões de habitantes).

É importante destacar o papel que as cidades globais desempenham para a população mundial. Elas concentram sedes de grandes empresas, escritórios filiais de multinacionais, importantes universidades e centros de pesquisa. Dessa forma, atraem trabalhadores, estudantes e migrantes de outras regiões do mundo, por disporem da infraestrutura necessária para transporte e realização de negócios nacionais e internacionais, como aeroportos e/ou portos, bolsas de valores e avançados sistemas de telecomunicações, além de uma ampla rede de hotéis, bancos, centros de convenções, de eventos e de comércio.

As cidades estratégicas são as chamadas “cidades de passagem global” (global gateway cities, em inglês), as quais têm populações consideráveis de pessoas de grupos de menor alcance, grupos de pessoas de “fins do mundo”. Com isso, podem ser o elo entre o testemunho cristão e suas populações de origem.

A face transnacional das cidades de passagem global está remodelando antigas suposições sobre a acessibilidade aos povos não alcançados de maneiras novas e empolgantes. Transnacionalismo é o termo usado para lembrar que os imigrantes estão inseridos em um novo país e cultura, porém mantêm múltiplas ligações com a etnia de origem deles. Portanto, diferentes culturas, cosmovisões e sistemas de crenças religiosas se cruzam com uma frequência cada vez maior, surgindo assim uma oportunidade de aprendizagem, apreciação e compreensão não apenas para os migrantes, mas também para a população do local que os recebe.

A experiência histórica tem mostrado que, à medida que as pessoas migram, atravessando não só fronteiras geográficas, mas também barreiras linguísticas e culturais, tornam-se abertas a novas ideias, novos padrões de pensamento e novas perspectivas de vida. Muitas vezes as velhas pressões sociais que estavam presentes no próprio país de origem estão ausentes. Isso pode favorecer o conhecer e compartilhar sobre o evangelho de Jesus Cristo, que é o poder de Deus para dar às pessoas uma nova esperança e um futuro.

Somente nos EUA, há quase um milhão de estudantes internacionais. No entanto, 80% deles nunca viram o interior de uma casa americana durante a sua estadia. Essa realidade torna nítido que famílias de missionários advindos de outros países têm maior abertura para esse público marginalizado, pois de certa forma encontram-se na mesma situação, ou seja, não são filhos dessa pátria.

Um exemplo clássico de um representante de um grupo de pessoas não alcançadas em uma cidade global como Nova York encontra-se no site do movimento Lausanne: “Tenzin é um homem nascido no Tibete, criado na Índia, educado na América e que passa seu tempo livre arrecadando dinheiro para apoiar tibetanos em vários assentamentos no Nepal e na Índia. Ele é tibetano budista e está profundamente ligado à sua comunidade nos EUA. Ele é tão alcançável para uma pessoa que mora em Nova York quanto um paciente ou um colega de trabalho e, a iniciar por ele, é possível alcançar toda uma comunidade isolada por dificuldades e barreiras geográficas.”

Ainda assim, há diversas barreiras para que o Evangelho avance nos centros urbanos ao redor do mundo, principalmente por uma falta de visão estratégica da igreja global, que não tem investido a longo prazo nas comunidades de diáspora. Engana-se quem pensa que o trabalho missionário nas grandes cidades é livre de dificuldades, pois elas surgem, principalmente no campo econômico e espiritual, mas precisam ser enfrentadas. A igreja deve orar e mobilizar missionários para essas localidades, onde poderão ter contato com pessoas de diversos povos ainda não alcançados e viverem como testemunhas de Cristo, apresentando o Reino de Deus e cumprindo a grande comissão.

Por fim, convidamos você, querido leitor, a orar conosco por cidades estratégicas, que os 30-dias-de-oração pelo mundo muçulmano nos apresenta em seu Guia de Oração Pelo Mundo Muçulmano. Nas próximas semanas você vai conhecer mais sobre cidades estratégicas aqui no Radar Missionário, aguarde!

Fontes: Movimento Lausanne; Artigo Migração e Missão, escrito por Douglas Rutt; Guia de Oração Pelo Mundo Muçulmano.

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