A Argélia é o maior país do continente africano e 80% de seu território é constituído pelo deserto do Saara. Possui maioria muçulmana e o Islamismo é a religião oficial do país, mas também possui uma pequena comunidade cristã. De acordo com o Censo de 2012, a população cristã no país é de cerca de 120 mil pessoas, o que representa aproximadamente 0,3% da população total de 44 milhões de habitantes.
A estratégia diabólica para evitar a expansão do evangelho na Argélia é diferente de vários outros países. A constituição garante a liberdade religiosa. Porém, as igrejas precisam de aprovação do governo para sua constituição. Assim, se por um lado o governo permite a existência de igrejas, pelo outro, não aprova o registro das mesmas. Desde 2017 nenhuma igreja foi considerada como aprovada pelo governo. Com isso, se tornam ilegais e, alegando que são instituições clandestinas, o governo as fecha. O governo argelino tem sido acusado de restringir a liberdade religiosa dos cristãos, como a proibição da distribuição de literatura cristã e a negação de autorização para a construção de igrejas.
Além disso, os cristãos na Argélia muitas vezes enfrentam pressão social e familiar por causa de sua fé. Como em praticamente todos os países muçulmanos, as conversões ao cristianismo podem ser vistas como traição à cultura e à religião tradicional do país, o que pode levar a conflitos familiares e ostracismo social. Existe uma restrição muito forte a qualquer possibilidade de se professar a fé ou difundir o Evangelho. Lá, um seguidor de Jesus pode ser processado por tentar abalar a fé de um muçulmano ou “envenenar” a mente de algum jovem.
Porém, a obra de Deus continua crescendo. O site persecution.org, da International Christian Concern, publicou recentemente uma matéria com o título “Restam apenas 11 igrejas na Argélia, mas a Igreja está crescendo”.
A perseguição aos cristãos parece não assustar ao povo de Deus. Pelo contrário, a matéria relata que com o fechamento das igrejas, seus líderes são forçados a ir para a clandestinidade, longe do controle do governo e aí é que começam a ver novos crentes se formando.