Ao se pensar em missões muitas coisas vem à mente principalmente lugares longínquos, de outros países, porém se olharmos atentamente podemos observar que há alguns segmentos não alcançados no Brasil, bem perto de nós, como os Quilombolas, por exemplo.

Esse povo carente de evangelização é descendente de escravos negros dos quais seus antepassados no período da escravidão fugiram dos engenhos de cana-de-açúcar para formar os agrupamentos de refugiados e de resistência chamados de quilombos.

Esse povo usa dialetos, de contato entre o português e línguas africanas, como o cupópia do Quilombo do Cafundó, Salto de Pirapora. Erra quem pensa que esses grupos ficaram no passado. Foi principalmente com a Constituição Federal de 1988 que a questão Quilombola entrou na agenda das políticas públicas. Fruto da mobilização do movimento negro, o Artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) diz que:

“Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os respectivos títulos.”

A Constituição de 1988 não só reconheceu a existência das comunidades quilombolas, mas também criou as bases para a transferência da propriedade de suas terras aos atuais moradores, o que só começou a acontecer a partir de 1995. Atualmente os Quilombolas, segundo pesquisas, somam 3.500 comunidade – a Aliança Evangélica para o Quilombola no Brasil está mapeando as comunidades e já identificou 2.000 comunidades sem a presença evangélica.

Na Bahia os maiores agrupamentos de Quilombolas estão concentrados no Recôncavo baiano, nos municípios de Cachoeira, Maragogipe, Santo Amaro entre outros. Já em Minas Gerais, de acordo com alguns órgãos, há 436 grupos Quilombolas no estado, espalhados em cerca de 150 municípios, com grande concentração nas regiões norte e nordeste, com destaque para o Vale do Jequitinhonha. A maioria deles aguarda a titulação de suas terras. Apesar da predominância rural, há também comunidades urbanas, como as três que vivem na região metropolitana de Belo Horizonte.

Para os missionário que separam sua vida com objetivo de cumprir o Ide de Jesus é a identificação cultural e religiosa com a África. Os órgãos relacionados a defesa desse povo, busca manter viva as tradições religiosas e incentiva as práticas do Candomblé.

Por conta de todos esses dados que uma ação evangelística voltada para os Quilombolas se faz necessário e urgente. Além de receber a Palavra de Deus, eles precisam de ajuda na questão social. É um povo carente de tudo, inclusive de amparo espiritual.

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Não é errado imaginar que a evangelização desse povo tem ações bem parecidas com de uma comunidade indígena, com necessidade de estudos e avaliações sobre o comportamento, costumes, enfim um olhar aprofundado na questão antropológica-cultural para que a estratégia de evangelismo seja eficaz. Assim como os índios os Quilombolas são fechados para o evangelho.

Se faz necessário as orações, doações e intercessão para aqueles que tem a chama acesa no coração voltada a evangelização dos povos não alcançados.

 

Fotos: Carolina Silva/PNCSA / reprodução internet

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