Testemunho do pastor Juan Carlos Boggiano (37), peruano, e que está à frente da Igreja Quadrangular do Peru – Rei dos Reis, na cidade de Arequipa, local onde desenvolve um trabalho missionário, que além de levar o evangelho atende pessoas carentes e deficientes físicos.
A igreja peruana iniciou suas atividades há três anos sem nenhuma estrutura física e mão-de-obra humana. Hoje são cerca de 70 membros e com pequenos grupos evangelísticos alcançamos muitas famílias. Temos encontro de casais, jovens, escola bíblica, crianças. No ano passado foram batizadas 17 pessoas. Estamos realizando um trabalho assistencial nas escolas através de doações de computadores para alunos carentes, assim eles podem apreender com mais facilidade.
Atualmente a igreja mantém um trabalho nas Cordilheiras dos Andes, há 250 km da região central de Arequipa. Duas vezes ao mês atendemos as pessoas doentes, cadeirantes, e deficientes físicos. Nossa vida está totalmente debaixo da dependência do Senhor. Desejo retornar ao Brasil para construir uma igreja. Mas, minha esposa me questionou o porquê de ser no Brasil. E minha resposta foi que Deus me ordenou erguer uma igreja forte, que irá manter a igreja no Peru. Nossa família está intercedendo em oração e provavelmente será em Campinas, estado de São Paulo.

Realidade das missões no Peru
As dificuldades são muitas no Peru. Temos escassez de alimentos, estradas destruídas, rios transbordando devido às enchentes, preço elevado, precariedade na habitação e saúde, enfim são muitos os problemas. Contudo, acredito que a situação que o país enfrenta é devido à resistência ao evangelho. Tudo que está acontecendo é fruto da dureza do coração do povo peruano. O Senhor retirou sua mão sobre o Peru. O governo aprovou a ideologia do gênero, casamento homossexual, não aceitam o evangelho, são idólatras, misticistas. Apenas 1% da população é evangélica. As pessoas só aceitam o evangelho quando estão com suas vidas totalmente destruídas. Nosso país precisa ver Deus agir. Creio na esperança de um real avivamento para todo o Peru.
Uma igreja que não tem visão missionária, é uma igreja que necessita nascer de novo. Todos somos convocados para levar o evangelho, sem distinção de igrejas e denominações, precisamos nos unir para fazer a obra. Devemos amar a Deus sobre todas as coisas. Nada adianta irmos à igreja nos cultos durante a semana e no restante dos dias esquecer-se de Deus. Devemos amar ao próximo como a nós mesmos.

Herança missionária
Nasci em lar cristão, em Piura, Peru. Minha mãe, Lucila Farfan se converteu através de um programa evangélico americano que era transmitido no Peru. Com dois anos de conversão, passando por problemas familiares, ela decidiu entregar minha vida a Cristo, se Carlos, meu pai aceitasse a Jesus como seu Salvador. Após meu nascimento ele se converteu. Na época Carlos, engenheiro civil, construía uma grande casa para a família fazer festa e se confraternizar. Mas este não era o plano de Deus. Com o passar dos anos a residência começou a receber missionários, sendo que o primeiro recebido foi o jovem Jesuel Alves, missionário da JOCUM, vindo de Santos, Brasil.
Desde meus 14 anos já sentia incomodado por Deus, como se Ele estivesse requerendo o compromisso missionário de sua vida.  Me formei em engenharia geológica, e com a carreira trabalhei com a exploração de minérios no Peru.

Fuga e encontro com seu chamado
Na tentativa de fugir de sua chamada missionária, com sete meses de casado, vim para o Brasil. Após dois meses em São Paulo, minha  esposa veio ao meu encontro trazendo um filho de cinco meses no colo e grávida.
Todos nós só tínhamos o  visto de turista, temporário. Um dia estava na Praça da Sé, desesperado e chorando, em uma oração prometi que não fugiria mais do meu chamado, mas pedi a Deus que me ajudasse. Nesse momento ouvi uma voz chamando meu nome. A princípio não acreditei nesse chamado, depois a voz se repetiu. Era um velho amigo Manoel Rivera. Ele me deu abrigo e apoio na Igreja Brasil para Cristo.

Alguns meses se passaram e o Senhor continuou me tocando sobre o propósito missionário. Trabalhando em uma empresa de sondagem iria viajar para um novo projeto, quando Deus falou fortemente com minha esposa. Nós orarmos para seguir a vontade e direção do Senhor. Mas, aind não er hora de me decidir pelo campo missionário, não viajei e mas comecei a congregar na Igreja Luz para as Nações. E foi lá que fomos enviados para as Missões Jocum.
Após um tempo meu pai ficou doente e retomamos para o Peru em 2009. Lá tive que voltar a trabalhar na mineração para custear o tratamento de meu pai. Eu e minha esposa abrimos uma empresa de transporte de minerais. Com as coisas caminhando em nossas vidas Deus voltou a falar conosco que era necessário depender dele. Em 2014 encerramos as atividades da empresa e começamos a trabalhar na igreja local de forma integral. Uma vez me questionaram se com minha profissão já conseguiria sustentaria a obra. Eu respondi que o Senhor me convocou para essa missão, e que os recursos ele nos daria. Deus me queria em busca de almas.

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