Por Edilaney Duarte Gonçalves

Trata-se de um serviço novo?  A capelania corporativa nos Estados Unidos está organizada desde 1940. Existem naquele país as maiores organizações do mundo nesta área, e uma delas é a  Market Place Ministries que tem na sua Declaração de Missão que “existe para compartilhar o amor de Deus aos trabalhadores e suas famílias, através do serviço de Capelania Cristã exercido, inclusive, no próprio local de trabalho”. Este ministério foi instituído pelo Capelão Dr. Gil Stricklin e fica claro que a visão desse serviço vai além das fronteiras das empresas, abrangendo também as famílias de seus funcionários, o que cria oportunidades preciosas para a comunicação do amor de Deus em momentos oportunos.

Esta mesma visão está associada à missão declarada por uma importante igreja brasileira, ou seja, “anunciar o Reino de Deus; educar para a vivência cristã; e assistir ao ser humano em suas necessidades”. A igreja existe para sua missão assim como o fogo existe para queimar; nesta perspectiva o maior desafio que a igreja enfrenta é a Missão Integral, conforme René Padilla.

Este ideal de Missão Integral é defendido no Pacto de Lausanne e promove o surgimento na Tailândia em 2004, um grupo de trabalho denominado “Business As Mission” (BAM), que busca tratar de questões relativas aos propósitos de Deus para o trabalho e os negócios, para a igreja e sua missão, para as necessidades do mundo e o mercado em geral. Business as Mission não é apenas uma estratégia missionária, o que o caracterizaria como um movimento que utiliza a “espiritualidade a serviço da religião”, nem um jeito de potencializar resultados, o que o colocaria na categoria de “espiritualidade a serviço do capital”. Expressões como geração de empregos, empreendedorismo e transformação social fazem com que Business as Mission mostre convicções oriundas da experiência religiosa que se estendem para além das fronteiras do proselitismo, mas atrelada à vivência da espiritualidade.

Também é digna de ser conhecida a “Corporate Chaplains of America” presidida pelo Sr. Mark Cress e cuja missão é “construir relacionamentos saudáveis com funcionários de uma empresa, com a esperança de obter deles a permissão para dividir com eles as boas novas de Jesus Cristo de uma maneira não convencional”.

No Paraguai há um ministério chamado “Capellania Empresarial Anabatista”, vinculada à Igreja Menonita de Concórdia e ativa há vinte anos, tendo como mentor o Pastor Paul Amstutz. Esta instituição atende hoje acima de 6.000 funcionários de mais de quarenta empresas em diferentes ramos de atividades. A Capelania Anabatista usa o trabalho de cerca de cinquenta capelães, muitos deles servindo em tempo integral, sendo considerada uma referência internacional pelo serviço que presta.

Os serviços de capelania empresarial, conhecida também como capelania corporativa ou institucional, são praticados em poucas organizações no Brasil com destaque para o excelente trabalho que vem sendo realizado na Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Os resultados obtidos com este tipo de ministério são sempre muito bons e contribuem para uma modificação positiva no ambiente de trabalho. Existem muitas outras organizações de capelania em empresas, todas com suas características particulares e atuando em ambientes laborais de muitos países. Muitas destas instituições podem ser conhecidas através de um endereço eletrônico australiano bastante conhecido no meio, e cujo endereço é www.marketplaceconnections.org.

edilaney

Edilaney Duarte Gonçalves – Pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil trabalhando com Capelania Empresarial. Membro do Conselho Presbiteriano de Capelania e Secretário da Ordem Nacional de Capelania Cristã.

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