“Livra os que estão sendo levados para a morte e salva ao que cambaleiam, indo para serem mortos”  Pv 24.11

Amy Carmichael levou um grupo de crianças a um ourives tradicional na Índia. No meio de um fogo alimentado a carvão havia uma cerâmica côncava e lá tinha uma mistura de sal, tamarindo e pó de tijolo.” Dentro dessa mistura havia ouro. Conforme o fogo devorava a mistura, o ouro se tornava mais puro. O ourives tirava o ouro com uma pinça e, se não estivesse suficientemente puro, ele o repunha no fogo com uma nova mistura. Mas cada vez que o ouro era recolocado, o calor era aumentado”. O grupo perguntou ao o senhor que explicava: “Como você sabe quando o ouro está puro?” Ele respondeu: “Quando posso ver meu rosto nele”

Amy Carmichael nasceu numa pequena vila na Irlanda do Norte. Era a mais velha dos sete filhos de David e Catherine Carmichael, um casal de presbiterianos devotos. Era uma candidata improvável para o trabalho missionário, pois sofria de neuralgia, uma doença dos nervos que lhe tornava o corpo fraco, dorido e que a deixava de cama semanas a fio.
Foi na convenção de Keswick em 1887 que ouviu Hudson Taylor[1] falar acerca da vida missionária. Pouco depois convenceu-se do seu chamado.
Segundo um relato biográfico dos seus primeiros anos de vida, Amy desejava ter olhos azuis em vez de castanhos. Ela pedia a Deus que lhe mudasse a cor dos olhos e ficava desapontada por isso nunca acontecer. Contudo, já adulta, Amy compreendeu que, como os indianos têm os olhos castanhos, ela iria ser aceite mais facilmente do que se tivesse olhos azuis e aceitou isto como um sinal de Deus.
Inicialmente Amy viajou para o Japão durante 15 meses, mas mais tarde, descobriu que a vocação da sua vida estava na Índia. Ela foi comissionada pela “Missão Zenana da Igreja de Inglaterra[2]”.

Muito do seu trabalho foi com moças jovens, algumas das quais foram salvas da prostituição forçada. A organização por ela fundada era conhecida por “Dohnavur Fellowship[3]”, que fica situada em Tamil Nadu, a sul da Índia. A “Fellowship” iria tornar-se um santuário para mais de mil crianças que de outra forma teriam de enfrentar um futuro incerto.
Num esforço para respeitar aquela cultura asiática, membros da organização usavam trajes indianos e as crianças foram-lhes dados nomes nativos. Ela própria vestia-se dessa forma, pintava a pele com café e frequentemente viajava longas distâncias nas quentes e poeirentas estradas Índia só para salvar uma criança.
O trabalho de Amy Carmichael também se estendeu à imprensa. Ela foi uma escritora prolífera com 35 livros publicados. O mais conhecido é talvez um dos primeiros relatos históricos sobre a missão na Índia publicado em 1903.
Em 1931, Amy ficou gravemente ferida numa queda que a deixou de cama até morrer.

Amy Carmichael morreu na Índia em 1951 com 83 anos de idade. Ela pediu para não porém nenhuma pedra tumular na sua campa; em vez disso as crianças que ela tanto amava puseram algo com a inscrição “Amma”, que significa mãe em Tamil, um dialecto indiano.

Enquanto servia na Índia Amy recebeu uma carta de uma jovem que queria ser missionária e que perguntava como era exercer essa função. Amy respondeu: “A vida missionária é simplesmente uma forma de morrer”.

“Podes dar sem amar, mas não podes amar sem dar”. (Amy Carmichael)

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